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Bento Gonçalves deve ser contemplada com mais efetivo do Estado

 

Ranolfo Vieira Júnior palestrou no CIC-BG e reforçou intenção de atender às necessidades locais

 

Atendendo aos anseios transmitidos pela sociedade civil, pelas entidades representativas de classe e pelo poder público local, o vice-governador do Estado do Rio Grande do Sul, e também secretário estadual da Segurança, Ranolfo Vieira Júnior afirmou a intenção de contemplar Bento Gonçalves com mais efetivo para as forças policiais. O anúncio ocorreu na noite de 15 de abril, na sede do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, onde o governante palestrou para 200 pessoas.

"Pretendemos contemplar o município na estratégia de locação de novos policiais que estão em formação. Mas peço a compreensão da comunidade porque há uma distorção histórica que não pudemos corrigir em apenas 100 dias de governo: a Bridada Militar tem um efetivo legal previsto de 32 mil brigadianos, e hoje opera com menos de 15 mil ativos. A Policial Civil tem um efetivo leal de 9 mil policiais, e atualmente são menos de 5 mil ativos, talvez o menor efetivo da história", disse Ranolfo Vieira Júnior, trazendo a conhecimento do público uma série de dados que revelam o panorama da Segurança Pública no Estado.

O pedido por mais efetivo foi uma das tônicas do pronunciamento do presidente do CIC-BG, Elton Paulo Gialdi, reverberando o pensamento do empresariado que representa através da entidade. "Bento Gonçalves é uma cidade diferente, engajada, consciente, atuante pela Segurança Pública – isso fica evidente no trabalho e nas conquistas do Consepro. Por isso, necessitamos e merecemos uma contrapartida, justa e condizente com nossos esforços. Precisamos de efetivo como contrapartida a tudo o que aqui se desenvolve. Na hora da divisão de efetivo policial não podemos ser considerados de igual maneira a um município. que nunca mobilizou sua sociedade para apoio a segurança pública, cidades que nem sequer possuem consepro constituído. Somos um município e uma região em pleno desenvolvimento turístico e não podemos apresentar índices negativos de segurança, pois todos perdem muito com isso, inclusive o estado do Rio Grande do Sul", destacou.

Os esforços do vice-governador no sentido de atender às necessidades de Bento Gonçalves foram reconhecidos pelo prefeito Guilherme Pasin. "Agradeço pela sensibilidade em fazer com que causas extremamente importantes a nossa comunidade sejam levadas ao cabo de forma responsável, de acordo com as novas política e visão de gestão pública continuada", disse.

 

Criminalidade em números

O mapa da criminalidade trazido pelo vice-governador mostrou que a taxa de homicídios no Brasil chega a ser 30 vezes superior a europeia. Os dados apresentados, de 2016, dizem que, naquele ano, foram mais de 62 mil mortes relacionadas à violência no país. O Rio Grande do Sul figura um pouco abaixo da média nacional, e nesse mesmo ano registou mais de 3,2 mil homicídios. "Nenhuma guerra causa tantas baixas, e pouco se fala disso. Quanto mais naturalizada estiver a violência, mais vítimas ela fará. A sociedade precisa refletir sobre esse tema", disse Ranolfo Vieira Júnior.

 

Prevenção é o caminho

Mudar esse panorama e oferecer aos gaúchos um Estado mais seguro e civilizado para residir e investir é um dos objetivos do 'RS Seguro', programa estruturante apresentado por Ranolfo Vieira Júnior. Seus conceitos estão embasados em quatro eixos principais: combate ao crime, políticas sociais preventivas e transversais, qualificação do atendimento ao cidadão e sistema prisional. Cada um deles prevê ações que serão implementadas curto, médio e longo prazos, respeitando o contexto fiscal do Estado, que tem pouca capacidade de investimentos e ampliação de despesas.

Repreensão ao tráfico, à corrupção e ao crime organizado, ações de infraestrutura e urbanismo, como iluminação pública e atividades culturais e esportivas, reduzir o prazo das perícias, além de separação de detentos e construção de novos presídios, fazem parte do rol das melhorias que o governo espera implementar com o auxílio da União, de municípios, de outros Poderes, da iniciativa privada e da sociedade civil. O RS Seguro atuará com foco territorial, em áreas com indicadores de maior criminalidade e vulnerabilidade socioeconômica – são 18 municípios que concentram indicadores elevados de mortes violentas e roubos e devem ser o foco inicial das ações.

 

Conscientizar a sociedade

Compartilhando o ideal traduzido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul com o programa RS Seguro, também o Consepro de Bento Gonçalves está engajado no desafio de combater a violência por meio da conscientização e da educação da sociedade. A entidade lançou uma campanha de combate à violência e ao consumo de drogas, cujo objetivo é mostrar que o usuário de drogas ilícitas está ajudando a financiar a criminalidade.

"Nosso desafio enquanto entidade é muito grande e vai além das questões operacionais, de efetivo, e de infraestrutura. Elas são necessárias, mas são apenas uma parte da solução do problema da segurança. O Consepro quer estender sua atuação para combater suas raízes. Essa missão envolve um sólido trabalho de educação, de conscientização de todas as classes sociais, de jovens e de adultos", disse o presidente do Consepro, José Carlos Zortea. Em breve, essa campanha terá uma agenda de atividades de ações de sensibilização e conscientização junto à comunidade, com o apoio do CIC-BG – e demais entidades que desejarem contribuir com a iniciativa. "Construir uma sociedade livre da violência é tarefa de todos nós. E a educação e a conscientização são as ferramentas que dispomos para isso", disse o presidente do CIC-BG, Elton Paulo Gialdi.